O aparecimento de peixes de grande porte mortos na Praia do Ubatuba, em São Francisco do Sul, gerou preocupação entre moradores e pescadores do Litoral Norte de Santa Catarina. As espécies identificadas, pampo e miraguaia, podem chegar a 1,5 metro de comprimento e pesar mais de 50 quilos. Dois exemplares foram encontrados na faixa de areia, e um terceiro foi avistado boiando próximo à costa.
Nas redes sociais, moradores divulgaram vídeos mostrando os peixes e levantando suspeitas de que as mortes poderiam estar relacionadas às obras de dragagem da Baía da Babitonga, atualmente em andamento entre São Francisco do Sul e Itapoá, considerado o maior projeto de dragagem em extensão do país.
Prefeitura descarta relação com dragagem
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou que o Programa de Monitoramento de Praias (PMP) registrou apenas três ocorrências e que não há, até o momento, evidências de ligação direta com as obras.
O Porto de São Francisco do Sul também se manifestou, afirmando que anomalias na fauna marinha já haviam sido observadas antes do início da dragagem. Um relatório técnico está sendo elaborado para investigar se há relação entre o processo e a mortandade dos animais.
Já a Univille, responsável pelo monitoramento ambiental da área portuária, informou que o contrato vigente não prevê o acompanhamento de peixes e que não foi acionada para apurar o caso.
Ecossistema sensível
A Baía da Babitonga é reconhecida como um importante berçário natural de espécies marinhas, abrigando peixes, aves e mamíferos de grande porte. Entre os habitantes da região está o peixe mero, que pode chegar a 400 quilos.
As espécies encontradas mortas, pampo e miraguaia, são típicas de águas rasas e fundos arenosos, comuns no litoral Sul e Sudeste do Brasil.
O caso reforça a preocupação de ambientalistas e pesquisadores quanto aos possíveis impactos ambientais das obras de dragagem em ecossistemas sensíveis. As autoridades seguem monitorando a situação.
📍 Fonte: ND+











