Uma operação da Receita Federal apreendeu 17 quilos de cocaína no Porto de Itapoá, na manhã desta quinta-feira (10). A droga foi encontrada com a ajuda da cadela Daphine, treinada para farejar entorpecentes. Foi ela quem indicou um contêiner vindo dos Estados Unidos para inspeção.
A droga estava escondida dentro da máquina evaporadora de um contêiner refrigerado, conhecido no setor portuário como reefer, que chegou vazio ao terminal. Segundo a Receita Federal, é pouco provável que a cocaína tenha sido embarcada nos Estados Unidos, já que o país não é produtor da droga.
A principal suspeita é de que a carga tenha sido colocada durante o trajeto, em algum país da Américado Sul, e que os traficantes não conseguiram recuperá-la antes da chegada ao Brasil.
Depois da identificação da droga, o material foi apreendido e entregue à Polícia Federal, que ficará responsável pela investigação do caso.
O Porto de Itapoá, considerado um dos mais modernos da América Latina, tem sido alvo frequente de tentativas de envio internacional de drogas. A localização estratégica, perto da divisa com o Paraná e com fácil acesso ao Oceano Atlântico, torna o terminal um ponto de interesse para organizações criminosas ligadas ao tráfico. Para enfrentar esse cenário, a Receita Federal tem ampliado o uso de tecnologia e de cães farejadores no controle das cargas.
Somente em 2025, a Receita Federal já apreendeu 497 quilos de cocaína no Porto de Itapoá. É um trabalho constante, feito no compasso dos navios que chegam e partem todos os dias, entre contêineres lacrados e olhares atentos.

Nem sempre se vê, mas por trás de cada apreensão há uma rotina silenciosa de fiscalização, paciência e faro apurado. Em meio à correria do porto, entre guindastes e empilhadeiras, há quem observe em silêncio, buscando, entre cargas e etiquetas, aquilo que não deveria estar ali.