Cinco mortes pelas duas doenças e milhares de notificações colocam Diretoria de Vigilância Epidemiológica em estado de atenção para risco de surto
Santa Catarina enfrenta um crescimento alarmante nos casos de dengue e chikungunya nos primeiros meses de 2025. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), ligada à Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC), já foram confirmadas três mortes por dengue e duas por chikungunya. Além disso, o número de notificações das doenças disparou, acendendo um alerta para a possibilidade de um surto nas próximas semanas, especialmente com a chegada do período de chuvas.
Até 24 de março, o estado registrou 34.520 notificações de dengue, sendo 9.822 casos considerados prováveis. Os três óbitos confirmados ocorreram em Nova Itaberaba, Itapoá e Descanso. Outro dado que preocupa as autoridades é a identificação de 24.441 focos do mosquito Aedes aegypti em 245 municípios, com 178 cidades consideradas infestadas.
O sorotipo predominante da dengue em circulação é o DENV-2, mas também foram detectados os tipos DENV-1 e DENV-3, este último com transmissão local confirmada em sete cidades: Barra Velha, Blumenau, Brusque, Capinzal, Itajaí, Itapoá e Joinville.
Com duas mortes confirmadas, chikungunya também preocupa
Pela primeira vez, Santa Catarina registrou óbitos por chikungunya. As vítimas foram um homem de 83 anos, de Florianópolis, que faleceu em 1º de janeiro, e uma mulher de 85 anos, de Xanxerê, que morreu em 17 de março. Até o momento, há 294 casos prováveis da doença, com 179 confirmações.
Os municípios com maior número de registros são:
Xanxerê (144 casos)
Florianópolis (19)
Campo Erê (17)
Chapecó (15)
Alerta para risco de surto
O diretor da DIVE, João Augusto Brancher Fuck, destacou que os números representam um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2024. “Os casos podem não ter sido contraídos no município de residência, mas confirmam a circulação do vírus no estado. Como o mosquito está presente na maioria das cidades, o risco de transmissão é alto”, afirmou.
Com a chegada do outono e o aumento das chuvas, a tendência é que a proliferação do Aedes aegypti se intensifique, elevando ainda mais os casos.
Sintomas e prevenção
Tanto a dengue quanto a chikungunya são transmitidas pelo mesmo mosquito e podem causar febre alta, dores musculares e articulares, além de manchas vermelhas na pele. A chikungunya, em particular, pode levar a dores articulares prolongadas, afetando a qualidade de vida por meses.
Recomendações para a população:
Eliminar água parada em vasos, pneus e outros recipientes;
Usar repelente e telas em janelas;
Procurar atendimento médico ao apresentar sintomas.
As autoridades reforçam a necessidade de ações conjuntas entre poder público e população para conter o avanço das doenças. Mais informações podem ser consultadas no painel de monitoramento da DIVE/SC.
Da redação com informações da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC) / Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC)