A expectativa é de que a movimentação de cargas nos portos da Baía da Babitonga aumente nos próximos anos, o que inclui diretamente o Porto Itapoá. Mesmo nas projeções mais conservadoras, o volume transportado por rodovias deve saltar de 15 para quase 22 milhões de toneladas por ano até 2030. Boa parte desse tráfego segue pela BR-280 e, em muitos casos, cruza também as vias de Itapoá.
O alerta foi feito durante uma reunião na FIESC, em Joinville, onde o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Cleverton Vieira, apresentou os dados. A projeção leva em conta não apenas o crescimento do porto de São Francisco, mas também novos terminais em operação, como o futuro terminal da cooperativa Coamo, em Itapoá.
A BR-280 é hoje o único caminho rodoviário até o porto de São Francisco do Sul. Mas ela também serve de rota para muitos caminhoneiros que entram ou saem de Itapoá. O trecho entre São Francisco e Araquari, que deveria estar em obras de duplicação, segue parado desde 2022. O DNIT prometeu lançar um novo edital para retomar parte das obras, mas ainda não há uma data definida.
Para quem mora ou dirige em Itapoá, o tráfego pesado já é realidade. E deve piorar. O progresso tem seu preço, mas não precisa ser cobrado em segurança. Investir em infraestrutura é garantir que o crescimento chegue com equilíbrio, sem atropelar a rotina da cidade.