A estrada municipal José Alves, que conecta a BR-101 à região portuária de Itapoá, voltou a ganhar destaque nos planos de duplicação.
Com cerca de 6 quilômetros de extensão e fluxo médio de 5 mil caminhões por dia, a via é considerada estratégica não apenas para o Porto Itapoá, mas também para o futuro terminal da Coamo, previsto para entrar em operação no início da próxima década.
O projeto executivo da duplicação, avaliado em R$ 50 milhões, foi contratado pelo Porto Itapoá e já está em mãos da Prefeitura. A iniciativa faz parte de um conjunto de obras que deve criar um corredor rodoviário de 45 km, ligando a BR-101 à zona portuária.
Nesse trajeto, as rodovias SC-416 e SC-417 também terão duplicação garantida por meio do acordo de compensação de royalties firmado entre os governos de Santa Catarina e Paraná.
Planejamento e impacto econômico
Segundo a Prefeitura, a atual capacidade da estrada José Alves já não comporta a demanda crescente. A duplicação é considerada um passo decisivo para o crescimento da retroárea logística de Itapoá, com projeções que apontam para um aumento expressivo do número de empresas no setor ao longo dos próximos dez anos.
A Coamo, que projeta inaugurar seu terminal portuário em 2030, prevê investir R$ 3 bilhões em uma área de 43 hectares, o equivalente a 430 mil metros quadrados, cerca de 430 campos de futebol oficial.
O espaço contará com três berços de atracação e capacidade para movimentar 11 milhões de toneladas por ano. O empreendimento deve consolidar Itapoá como um polo estratégico para o agronegócio e a exportação, além de atrair novos investimentos em transporte, armazenagem e serviços auxiliares.
Fontes de financiamento
Para viabilizar a duplicação da estrada José Alves, a Prefeitura já protocolou na Câmara de Vereadores um pedido de autorização para contratar até R$ 29 milhões junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
Também estão em análise outras fontes de financiamento, como recursos federais por meio de ministérios e emendas parlamentares, aportes estaduais e até a possibilidade de uma Parceria Público-Privada (PPP).
Há ainda a proposta de execução da obra por etapas, incluindo a criação de um binário de quase 4 km, com a construção de uma via paralela que dividiria o fluxo de veículos.
Perspectivas e articulação política
A duplicação da José Alves não apenas ajudará a reduzir os gargalos de tráfego na região, como também se integra ao planejamento de expansão portuária, reforçando a infraestrutura necessária para acompanhar o crescimento da movimentação de cargas.
Com o projeto executivo já concluído, a articulação política em andamento e a previsão concreta de um segundo terminal portuário, a duplicação da José Alves se consolida como peça-chave para acelerar ainda mais o desenvolvimento econômico e logístico de Itapoá e de todo o Norte catarinense.
Fonte: NSC Total