Moradores questionam decisão da Prefeitura, enquanto Câmara aprova em primeira votação reforma que amplia estrutura administrativa em cidade de 18 mil habitantes.
GARUVA – Moradores de Garuva estão questionando a decisão da Prefeitura de implantar uma supersecretaria e 17 novos cargos, que custarão mais de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos. A polêmica reforma administrativa, proposta pelo Executivo, foi aprovada pela Câmara de Vereadores em primeira votação, no dia 24 de março. O resultado divide opiniões e levanta dúvidas sobre a necessidade dessa reengenharia na Prefeitura e o impacto financeiro da medida em uma cidade com pouco mais de 18 mil habitantes.
A chamada Supersecretaria de Governo, Desenvolvimento Econômico e Compliance substituirá a atual Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços e assumirá uma série de atribuições, desde políticas de desenvolvimento econômico até avaliação de ações governamentais. Além disso, o projeto prevê a criação da Secretaria de Agricultura e 17 novos cargos, incluindo diretores, assessores e chefes de setor.
Entre os novos postos estão:
Diretor de Compliance e Integridade;
Diretor de Agricultura e Pecuária;
Diretor do CRAS e CREAS;
Assessores administrativos em múltiplas pastas;
Chefias de fiscalização e trânsito.
Justificativa e críticas – Em mensagem aos vereadores, o prefeito Tino de Bitencourt defendeu a mudança, argumentando que a reforma busca “adequar os órgãos da administração às necessidades da comunidade” e garantir eficiência. No entanto, o impacto financeiro – estimado em R$ 1,2 milhão – gerou resistência.
A votação terminou com 5 votos a favor (Edson Jair Back, Helena Chaves, Ladiomar Padilha, Marcelino Martins e Rosiani Fabricia) e 3 contra (Jarbas Budal, Klaus Lennertz e Sheyla Chaves). Os opositores alegam excesso de gastos em um momento de desafios econômicos.
Próximos passos – O projeto ainda precisa passar por segunda votação. Se aprovado, a nova estrutura entrará em vigor, ampliando a máquina pública em um município onde cada real gasto é acompanhado de perto pela população. Enquanto isso, a discussão segue acalorada nas ruas e nas redes sociais, com cidadãos cobrando transparência e justificativas sólidas para o investimento milionário.
Crédito: Da Redação com informações do ND