O complexo portuário de São Francisco do Sul, que reúne operações em Itapoá e outros terminais da Baía da Babitonga, está projetando um crescimento expressivo na oferta de empregos e na movimentação econômica da região.
Durante o evento que autorizou a dragagem do canal externo da Baía da Babitonga, autoridades egestores do setor portuário reforçaram a projeção de que o número de postos de trabalho, somando atividades portuárias, logísticas e de apoio, poderá aumentar de 8 mil para cerca de 45 mil ao longo da próxima década.
O diretor-presidente do Porto de São Francisco do Sul, Cleverton Vieira, classificou a dragagem comouma obra essencial para o avanço logístico de Santa Catarina. Segundo ele, o aprofundamento do canal vai aumentar a competitividade do sistema portuário e atrair novas empresas ao setor, com potencial para triplicar o número de companhias atuantes na área de logística.
Dragagem e ampliação da infraestrutura
O projeto prevê o aprofundamento do canal externo que dá acesso aos portos de São Francisco do Sul e Itapoá, possibilitando a entrada de embarcações de até 366 metros de comprimento.
Com investimento estimado em R$ 333 milhões, as obras devem começar até dezembro de 2025 e terminar no fim de 2026.
Além da dragagem, o complexo se prepara para novos terminais e ampliações.
O Terminal de Granéis de Santa Catarina (TGSC), em São Francisco do Sul, deve iniciar operações ainda neste ano.
O porto da Coamo, voltado ao escoamento de grãos, tem início das obras previsto para 2027.Projetos como o Porto Brasil Sul e o Terminal Graneleiro Babitonga seguem em fase de licenciamento.
Na área energética, o sistema já conta com o Terminal Gás Sul, voltado à regaseificação de gás natural, e com o Tefran, estrutura marítima que recebe petróleo por monoboia e o envia, por oleoduto, até a refinaria de Araucária (PR).
Efeitos regionais
A expansão da infraestrutura deve impactar diretamente os municípios do entorno, como Itapoá, Garuva e Araquari, impulsionando a geração de empregos e o surgimento de novos negócios ligados ao transporte, à hospedagem e aos serviços.
Especialistas do setor avaliam que o avanço das obras marca o início de um novo ciclo de desenvolvimento para o Litoral Norte catarinense, sustentado por investimentos em logística e pela qualificação da mão de obra local.
Fonte: NSC Total