Com investimento de R$ 333 milhões e duração prevista de 13 meses, a dragagem do canal externo da Baía da Babitonga começou neste fim de semana. O trabalho vai remover 12,6 milhões de metros cúbicos de sedimentos, utilizados em parte no maior alargamento de faixa de areia do Brasil, aqui em Itapoá, no Norte de Santa Catarina.
Mas nem toda a areia retirada será utilizada nas praias. O material excedente, ou aquele que não tem as mesmas características da areia da orla, será levado para uma área de descarte em alto-mar, conhecida como Área Alfa.
Área Alfa: o destino do excedente
Localizada a cerca de 11 quilômetros do canal dragado, a Área Alfa será o destino de mais de 5 milhões de metros cúbicos de sedimentos. A profundidade do local varia entre 19 e 23,5 metros.
A área já foi usada em dragagens anteriores na Baía da Babitonga, o que significa que ela possui licenciamento ambiental e condições adequadas para o descarte controlado do material.
A areia será transportada até o local pela draga Galileo Galilei, embarcação de 166 metros de comprimento e capacidade de 18 mil metros cúbicos, que atua tanto na sucção dos sedimentos quanto no bombeamento para o descarte.
Alargamento de praias e banco submerso
Do total removido, 6,4 milhões de metros cúbicos serão usados diretamente no alargamento das praias da Figueira do Pontal, Princesa do Mar e Pontal do Norte, em Itapoá.
Além disso, cerca de 1 milhão de metros cúbicos será utilizado na formação de um banco submerso próximo à costa, reforçando a proteção natural contra a erosão marítima.
A tubulação que fará o bombeamento da areia já está sendo instalada na região do Pontal do Norte. O processo deve seguir nas próximas semanas, conforme as condições climáticas permitirem.
Obra inédita no país
O projeto, conduzido em parceria entre o Porto de Itapoá e o Porto de São Francisco do Sul, é considerado inédito no Brasil.
Diferentemente de outras obras de alargamento, como a de Balneário Camboriú, a de Itapoá utiliza sedimentos provenientes da dragagem de um canal portuário, e não de jazidas submarinas.
Além de ampliar a faixa de areia em até 100 metros em alguns pontos, a intervenção deve fortalecer o turismo, conter o avanço do mar e garantir maior competitividade logística para os portos da região.
								

								
								
								
								
								
								
								
								

								
								
								
								
								
								
								
								
								
								





								